INSTITUTO CORE JOURNALS DE RIMA
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31/07/2015
11:46
A Tuberculose vem diminuindo desde o ano 2000, apesar de seguir sendo uma ameaça global
A Annals of Internal Medicine publicou um artigo que revisa os avanços da tuberculose sobre as metas mundiais de 1990 a 2015, assim como os desafios atuais, os esforços de controle, e as questões socioeconômicas envolvidas com o tema.

A tuberculose segue sendo uma grande ameaça para a saúde global. Estima-se que em 2013 havia cerca de 11 milhões de casos prevalentes e 9 milhões de novos casos a nível mundial. Aproximadam

ente 1,5 milhão de mortes foram causadas pela tuberculose neste ano, incluindo 360.000 casos com HIV positivo. Apesar disso, um novo artigo: "Global Tuberculosis Control: Toward the 2015 Targets and Beyond", publicado na Annals of Internal Medicine, expressa que mesmo diante da gravidade deste quadro o número de casos de tuberculose vem diminuindo desde o ano 2000. 

De acordo com os autores Emilio Dirlikov, da Universidade de McGill, Canadá; Mario Raviglione e Fabio Scano, das universidades de Turím e Padua, Italia, tem-se avançado na luta contra a tuberculose global desde

homem aparentando 40 anos com tosse

 1990. O número absoluto de casos diminuiu globalmente a uma taxa média de 1.5% por ano (no intervalo entre 2000 e 2013) e 0,6% (entre 2012 e 2013). Estima-se que, de forma geral, as taxas de mortalidade da TB (sem incluir infectados pelo HIV) reduziram de 30 casos por cada 100.000 individuos em 1990 para 20 casos em 2009. Desde 2000 até 2013, cerca de 37 milhões de vidas foram salvas através da prevenção da tuberculose, e as intervenções de diagnóstico e tratamento, principalmente graças aos 500 milhões de dólares que o Fundo Mundial destinou para este fim. 

Desafios substanciais ameaçam o futuro dos esforços de seu controle: formas multirresist

entes, resistência aos medicamentos, coinfeção pelo HIV e condições socioeconômicas adversas. Mesmo assim, este artigo manifesta que avaliações de investigações e epidemiológicas também revelaram um vinculo entre a tuberculose e as doenças não transmissíveis (DNT) e outras condições, como a diabetes mellitus, o tabagismo, o abuso de álcool e de substâncias, a desnutrição e a silicose. 

Em 2014, a 67ª Assembleia Mundial da Saúde aprovou a “Estratégia de TB, 2016 -2035” para erradicar a epidemia. Esta inclui o prosseguir da expansão do atual plano de qualidade e melhorá-lo; contribuindo para o fortalecimento do sistema de saúde através do envolvimento de todos os provedores de atenção a saúde; auxiliar as pessoas com TB e comunidades; ativar e promover a investigação desta doença. Entretanto, conforme este estudo, para eliminar a tuberculose em 2050 (definido como ≤1 caso por cada 1.000.000 d

e pessoas), as taxas de incidência devem diminuir em média 20% anualmente, um ritmo de queda que nunca alcançado empiricamente.

Como conclusão, seus autores expressam que a atenção dispensada ao controle da tuberculose constitui tanto um imperativo de Saúde pública como um componente vital do desenvolvimento econômico. Esta a ação global deverá ser baseada, a partir de 2015, em estratégias que explorem inovações técnicas e operacionais que garantam o acesso a uma atenção de qualidade, evitando os custos catastróficos ocasionados pelos pacientes. Afirmam que o êxito dependerá da aplicação rigorosa, em cada país, e da colaboração internacional frente aos desafios existentes e emergentes.

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