André Luiz Cerqueira Almeida,1,2 Thyago Monteiro do Espírito Santo,1,2 Maurício Silva Santana Mello,1,2 Alexandre Viana Cedro,1,3 Nilson Lima Lopes,1 Ana Paloma Martins Rocha Ribeiro,1,4 João Gustavo Cerqueira Mota,1 Rodrigo Serapião Mendes,1 Paulo André Abreu Almeida,5 Murilo Araújo Ferreira,1,2 Diego Moreira Arruda,1,2 Adriana Aguiar Pepe Santos,1,2 Vinícius Guedes Rios,1 Maria Rosa Nascimento Dantas,1,2 Viviane Almeida Silva,1,2 Marcos Gomes da Silva,1 Patrick Harrison Santana Sampaio,1,3 André Raimundo Guimarães,1,3 Edval Gomes Santos Jr.1,4
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Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana,1
Escola de Ecocardiografia da Bahia,2 eira de Santana, BA - Brasil
Instituto Nobre de Cardiologia,3 Feira de Santana, BA - Brasil
Universidade Estadual de Feira de Santana,4 Feira de Santana, BA - Brasil
UNIFACS Curso de Medicina,5 Salvador, BA - Brasil
RESUMO
Fundamento: Ainda não temos informações acerca do impacto da pandemia da COVID-19 sobre a atividade médica assistencial no Brasil.
Objetivo: Descrever as repercussões da pandemia da COVID-19 na rotina de atendimentos em um hospital terciário, referência regional em cardiologia e oncologia.
Métodos: Estudo de corte transversal. Foi realizado levantamento dos atendimentos no período de 23/03/2020 (fechamento do comércio local) até 23/04/2020 (P20) e comparado com o mesmo período em 2019 (P19).
Resultados: Detectamos redução no número de consultas cardiológicas, teste ergométrico, Holter, monitorização ambulatorial da pressão arterial, eletrocardiograma e ecocardiograma (90%, 84%, 94%, 92%, 94% e 81%, respectivamente). Em relação à cirurgia cardíaca e cateterismo cardíaco, houve redução de 48% e 60%, respectivamente. Aumento no número de angioplastia transluminal coronária (33%) e de implante de marca-passo definitivo (29%). Houve 97 internamentos na UTI em P19, contra 78 em P20, redução de 20%. Diminuição dos atendimentos no pronto-socorro cardiológico (45%) e nos internamentos na enfermaria de cardiologia (36%). Houve diminuição nas consultas oncológicas de 30%. Sessões de quimioterapia reduziram de 1.944 para 1.066 (45%). Sessões de radioterapia diminuíram 19%.
Conclusão: A COVID-19 provocou redução considerável no número de consultas nos ambulatórios de cardiologia, oncologia e demais especialidades. Houve uma preocupante diminuição no número de cirurgias cardíacas e nas sessões de quimioterapia e radioterapia nas semanas iniciais da pandemia. A procura por atendimento no pronto-socorro cardiológico, assim como as internações na UTI e enfermaria cardiológicas, também reduziram, gerando preocupação acerca da evolução e prognóstico destes pacientes portadores de outras patologias, que não a COVID-19, nestes tempos de pandemia. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
Palavras-chave: COVID-19; Pandemia; Coronavirus; Betacoronavírus; Oncologia; Hospitalização; Serviços Médicos de Emergência.
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