INSTITUTO CORE JOURNALS DE RIMA
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15/06/2015
11:46
Diabetes tipo II: alcance e fatores associados a aderência aos medicamentos
Segundo uma revisão sistemática difundida na Diabetic Medicine, a falta de aderência ao tratamento medicamentoso em diabéticos do tipo II segue sendo um grande problema de Saúde.

O manejo da diabetes do tipo II implica em uma variedade de terapias que dependem da duração da doença e o estado de saúde do individuo. Inicialmente, as mudanças no estilo de vida (incluindo dieta e atividades físicas) ajudam na perda de peso e melhoram a sensibilidade da insulina para controlar a glicemia. Entretanto, com o passar do tempo, diminui a capacidade de secreção de insulina, e a maifrasco de remédio aberto com capsulas espalhadasoria das pessoas que sofrem este tipo de diabetes necessitaram a farmacoterapia para alcançar o adequado controle metabólico.

Até o momento, o UK Prospective Diabetes Study (com 10 anos de seguimento) é o único estudo de longo prazo disponível, que proporciona evidências dos benefícios clínicos do controle estrito dos níveis de glicose sanguínea na diabetes tipo II. Neste estudo foram observadas reduções significativas na incidência de complicações microvasculares, infarto de miocárdio e morte por qualquer causa no grupo que recebeu a terapia anti- hiperglicêmica intensiva.

De acordo com uma revisão sistemática da revista Diabetic Medicine, a falta de aderência à medicação continua sendo um obstáculo para a manutenção da saúde nos pacientes que padecem esta doença. Os autores deste estudo "Adherence to diabetes medication: a systematic review", revisaram entre 2004 e julho de 2013 nas bases de dados CINAHL, EMBASE, International Pharmaceutical Abstracts, Medline, PubMed e PsychINFO, com a finalidade de investigar o alcance e os fatores associados com a aderência a medicação nesta patologia de crescente incidência global.

De acordo com a maioria dos 27 estudos incluídos, a prevalência de aderência aos fármacos variou entre 38,5% e 93,1%. Apenas seis dos 27 estudos (22,2%) informaram uma aderência ≥ 80% entre sua população estuda, encontrando que dentro dos fatores associados com a falta de aderência farmacológica, a depressão e os custos dos medicamentos mostravam-se como os principais precursores deste tipo de comportamento.

Os investigadores chegaram à conclusão de que, apesar da consciência de sua prevalência e suas consequências, a falta de aderência à medicação da diabetes tipo II, segue sendo um grande problema de saúde, evidenciando a urgência e a necessidade da definição de um consenso sobre o que constitui uma boa aderência ao tratamento medicamentoso, assim como a coerência sobre as medidas e pontos de corte para facilitar a comparação entre os estudos. Uma melhor compreensão dos processos individuais (inicio, execução e interrupção da medicação) é necessária para as intervenções destinadas a aumentar a adesão aos fármacos e melhor controle desta doença.


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